Salve as Abelhas do Semiárido: campanha do GEASPI busca alertar sobre ações para a conservação das abelhas

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“Não desmate, não queime, cultive flores!”, “Prefira consumir alimentos da agricultura familiar”, “Não compre mel de meleiros, valorize quem cria”. As postagens feitas nas redes sociais digitais busca chamar a atenção das pessoas sobre ações que podem contribuir para a conservação das abelhas. A campanha recebeu o nome de Salve as Abelhas do Semiárido.

“A campanha começou meio despretensiosa pela internet, com postagens falando sobre ações que sejam úteis para a gente conservar as abelhas. Sabemos que elas estão desaparecendo, esse problema é grave e sério, já tem sido registrado desde 2006, ou seja, há mais de 10 anos. Sabemos da importância que as abelhas têm para nosso estado, principalmente, as abelhas relacionadas com a apicultura, embora as nossas ações sejam voltadas principalmente para as abelhas nativas que passam despercebidas e são extremamente importantes para a polinização, tanto de culturas agrícolas quanto de manutenção do ecossistema em si, bem como as abelhas solitárias. Então, fizemos de forma geral essas ações que são voltadas para a conservação de todas as abelhas”, esclarece a Coordenadora do GEASPI, Profa. Dra. Juliana do Nascimento Bendini.

A campanha nas redes sociais digitais é uma parte de um trabalho mais extenso e assíduo conduzido pelo GEASPI no Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, em Picos, sob a coordenação da professora Juliana Bendini. O programa de extensão “Agroecologia educação ambiental: diálogo entre as universidades e as escolas para a convivência com o semiárido” abriga quatro projetos voltados para a educação e sensibilização do público para a importância da conservação das abelhas.

Cerca de 600 crianças e jovens já visitaram o espaço de convivência com o ambiente Semiárido, local de realização dos trabalhos do grupo. A visita começa pelo Jardim Sensorial “Botânica em 5 sentidos” e segue para o “Meliponário Didático”, onde o visitante tem contato com abelhas sem ferrão. O próximo local é o “Arraial”, preparado para hospedar as abelhas solitárias. A visita continua com o “Viveiro de Sementes Crioulas” onde as crianças participam de atividades lúdicas sobre as sementes e levam para a casa uma mudinha de feijão crioulo para plantar em casa e cuidar. “As crianças têm toda essa experiência relacionada com a convivência com o Semiárido, conhecendo as plantas que são importantes para a Caatinga, tanto as medicinais quanto as comestíveis e ornamentais, para eles poderem ter essa experiência e se aproximarem do ensino da Botânica, por exemplo”, informa a professora Juliana Bendini.

Os projetos também têm a coordenação das professoras Dra. Michelli Ferreira dos Santos e Dra. Maria Carolina de Abreu.

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Apresentação da peça teatral “Ser... tão das abelhas” para crianças da comunidade Angical, em Massapê do Piauí

Para quem não pode se deslocar até o campus de Picos, onde está o espaço de convivência, o grupo encontrou uma alternativa: uma peça teatral apresentada em comunidades rurais do Semiárido. “Ser... tão das abelhas” coloca em cena a educação ambiental e as abelhas e leva para as crianças o entendimento de que cada um é protagonista dessa história e responsável pela conservação das abelhas.

Outras ações também têm sido realizadas em outros campi, como Teresina, Floriano e Bom Jesus. “A UFPI tem uma equipe muito boa de professores e alunos que estão em todos os campi desenvolvendo ações em defesa das abelhas”, comemora a professora Juliana Bendini.

Quem tiver interesse em agendar visita ao espaço de convivência ou solicitar apresentação da peça teatral “Ser... tão das abelhas”, pode entrar em contato com a professora Juliana Bendini pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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A proposta do “Meliponário Didático” chegou até o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano. Sob a coordenação da Profa. Ma. Carla Samantha, o IF Sertão Pernambucano montou seu próprio Meliponário Didático. O grupo da professora Juliana Bendini esteve no local e trocou experiências com o grupo pernambucano.   

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 Profa. Dra. Juliana Bendini e Profa. Ma. Carla Samantha no Meliponário Didático do IF Sertão Pernambucano

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No início de dezembro, os integrantes GEASPI estiveram em dois eventos. Uma parte dos estudantes e a professora Juliana Bendini participaram do II Congresso Internacional Interdisciplinar em ٱԲã Rural e Desenvolvimento, com o tema: Territorialidades, mudanças climáticas, agroecossistemas e premissas para o desevolvimento sustentável. O evento foi realizado em Juazeiro/BA, no período de 04 a 07 de dezembro de 2019. O grupo apresentou três trabalhos e ministrou o minicurso: Educação ambiental como estratégia para a conservação das abelhas nativas.

Durante o mesmo período, a outra parte do GEASPI esteve em Aracajú no V Congresso Brasileiro de Educação Ambiental Interdisciplinar, o COBEAI. Os alunos Wllamo Pacheco, Joyciane Sousa e Mayara Campos apresentaram trabalhos desenvolvidos pelo Grupo.

Confira fotos das apresentações:

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